terça-feira, 15 de março de 2011

Criação de empregos formais bate recorde em fevereiro

 
O número de empregos formais criados em fevereiro bateu recorde para o mês, alcançando 280.799 postos. No mesmo mês do ano passado havia sido de 209.425. O resultado alcançado no mês passado é o saldo entre 1,79 milhão de admissões e 1,51 milhão de demissões.  

Contribuiu o bom resultado do mês passado o fato de, diferentemente do ano passado, o carnaval ter sido em março, o que contribuiu com a maior contratação em setores como hotelaria e alimentação e também aumentou o número de dias úteis no mês. 

"Tivemos um recorde muito acima da media principalmente pelos preparativos para o carnaval", afirmou o ministro Carlos Lupi (Trabalho). 

Destaque para o setor de serviços que registrou a criação de 134.342 vagas, recorde para todos os meses da série histórica. A indústria da transformação abriu 60.098 postos e a construção civil 30.701 postos. Na agricultura foram criados 20.837 empregos com carteira assinada e no comércio 17.394. 

RECUPERAÇÃO
 
Para Lupi, o resultado de fevereiro mostra que, mesmo com as medidas tomadas pelo governo para frear o crescimento econômico e controlar a inflação, o mercado de trabalho não será afetado. 

A maior criação de empregos em fevereiro deste ano na comparação com o ano anterior reverte a tendência apresentada desde setembro do ano passado, quando todos os meses registraram uma abertura de vagas menor do que a registrada no ano anterior. 

"Não tem desaceleração, já falei que houve uma acomodação do mercado. Agora o mercado voltou ao crescimento normal. Não há retração no mercado de trabalho brasileiro", completou. 

JAPÃO
 
De acordo com o ministro, o mercado formal poderá registrar algumas demissões por conta da tragédia no Japão, principalmente em setores como mineração e siderurgia, já que haverá queda na demanda por esses produtos pela indústria japonesa. Ele ressaltou, porém, que haverá o aumento na compra de outros produtos, o que poderá compensar essa perda. 

"Ao mesmo tempo que vai ter o efeito [negativo] em alguns setores de minérios, vai ter um efeito de melhorar outros setores de exportação para reconstruir um novo Japão. Perde por um lado e ganha para outro, mas a média acho que será positiva", afirmou 

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