quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Brastemp anuncia lançamentos e 40% da 'linha branca' fica colorida

A chamada ‘linha branca’ já não é mais tão branca assim. Ou só branca. Na Brastemp, que anunciou esta semana o lançamento de 30 novos produtos, 40% do total de modelos de geladeiras, máquinas de lavar, fogões, micro-ondas e demais eletrodomésticos à venda no país hoje não são mais da tradicional cor branca. Segundo a empresa, o cálculo só não inclui os aspiradores de pó.
“A linha branca não é mais branca, está ganhando musculatura e novas cores”, afirma a diretora de marketing da Whirlpool, fabricante da Brastemp e da Consul, Claudia Sender.
Diretora de marketing, Claudia Sender, apresenta nova linha da Brastemp (Foto: Darlan Alvarenga/G1)Diretora de marketing, Claudia Sender, apresenta nova linha da Brastemp (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
Entre os lançamentos não brancos, destacam-se a "Linha retrô", com refrigerador e fogão vermelhos, pretos e amarelos, e a "Linha allblack", com eletrodomésticos em preto - cor que tem tudo para disputar o lugar ocupado pelo inox na lista de "sonhos de consumo". Até mesmo porque os preços estão chegando mais altos que os da linha inox.
“É um pouco mais caro. Percebemos que o consumidor gosta do preto como estilo de elegância. É uma tendência”, afirma a diretora de marketing.
Embora proclame que seus produtos são dirigidos a todas as classes sociais e que a proposta da marca é inovar, antecipar tendências e criar novas aspirações de consumo, os novos lançamentos da companhia atingem consumidores que buscam eletrodomésticos mais sofisticados, com inovações tecnológicas e painés de controle simplificados e mais intuitivos.
Segundo os últimos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgados pelo IBGE, 93,4% dos domicílios brasileiros tinham geladeira em 2009, 98,4% fogão e 15,2% freezer.
Linha retrô da Brastemp aposta da moda vintage (Foto: Darlan Alvarenga/G1)Linha retrô da Brastemp aposta
da moda vintage (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
Diante da grande penetração destes bens duráveis, o mercado está de olho agora é no tempo de uso desses eletrodomésticos. "Cerca de 40% do parque instalado de refrigeradores tem mais de 10 anos de idade. A gente acredita que o consumidor que já teve a sua primeira geladeira, irá procurar agora uma melhor e mais moderna”, afirma Claudia.
Outro segmento que ainda tem espaço para crescer muito no Brasil é o de lavadoras e secadoras. Segundo a Pnad 2009, 44,3% das casas têm máquina de lavar roupa. “No ano de IPI zero, as vendas dispararam, mas a penetração ainda é abaixo de 50%. Ainda tem muita consumidora que torce a roupa depois de lavar no tanquinho”, diz Claudia. Segundo ela, as secadoras estão presentes em cerca de 3% dos lares brasileiros”, diz Claudia.
Entre as apostas da Brastemp para 2011 está o mercado de lava-louças. A Whirlpool inaugurou na quarta-feira em Manaus a sua primeira linha de produção do eletrodoméstico no Brasil. De início, será produzido apenas único modelo nas opções inox e branco, com 70% dos componentes nacionais.
“A penetração atual de lava-louças no Brasil não chega a 2%. É uma categoria que perdeu penetração com o encolhimento do mercado de linha branca entre os anos de 1996 e 2004, mas apostamos no produto como novo objeto de desejo para quem já tem geladeira e fogão”, afirma a diretora de marketing.
Lavadoras, secadoras e ‘aspirador-abajur’
Entre os investimentos em design está uma parceria com Karim Rashid, designer nascido no Egito e famoso por desenhar produtos que unem funcionalidade e certo apelo pop. Rashid assina o design de um aspirador de pó que pode fazer também o papel de abajur.
Aspirador de pó assinado pelo design Karim Rashid (Foto: Darlan Alvarenga/G1)Aspirador de pó assinado pelo design
Karim Rashid (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
A Brastemp entrou só em 2010 no mercado nacional de aspiradores de pó. A Consul está presente desde 2008. Nenhum dos produtos à venda no país, no entanto, são fabricados aqui. Todos os aspiradores de pó da companhia são fabricados e importados da China.
O segmento de eletrodomésticos embutidos já representa 5% do volume de vendas da companhia. A linha de fogões, fornos e cooktops visam atender tanto a demanda por ambientes mais integrados como também por eletrodomésticos adaptáveis a cozinhas menores. “A venda dessa linha dobra a cada ano. O consumidor não quer ficar trancado na cozinha sozinho e está buscando essa tendência de ambientes que se integram”, afirma Claudia.

A companhia não divulga os números de venda ou de produção, informa apenas que prevê para 2011 um crescimento no volume de vendas igual ou superior ao de 2010, que registrou alta de 16%.

Nenhum comentário:

Postar um comentário