sexta-feira, 20 de julho de 2012

Conteúdo digital gratuito não cobre investimento do "Guardian"



 O grupo Guardian Media, que controla os jornais ingleses "The Guardian" e "The Observer", anunciou perdas de £ 44 milhões (cerca de R$ 140 milhões) no ano passado, sob a influência de gastos com investimento na abertura on-line de seu conteúdo, que não é pago, e na produção de conteúdo exclusivo para plataformas digitais.


O faturamento das soluções digitais não foi suficiente para cobrir perdas em publicidade que os jornais têm enfrentado no Reino Unido.
Devido ao resultado, a empresa prevê um programa de demissão voluntária para dispensar entre 70 e 100 profissionais e economizar £ 7 milhões (R$ 22 milhões). A empresa tem cerca de 650 funcionários.
O editor-chefe das duas publicações, Alan Rusbridger, anunciou que o grupo precisa reduzir os custos da operação jornalística.
COMMODITY

Em comunicado interno para os funcionários, Rusbridger disse que a operação de ambos os títulos "será menor" e que os jornais devem "fazer menos do que chamamos 'jornalismo
de commodity' e mais do tipo de jornalismo que temos feito".

Jornalismo de commodity é uma denominação para notícias produzidas a partir de informações não exclusivas, que outras empresas jornalísticas também possuem.
Reconhecido pela qualidade jornalística e pelo modelo de negócios aberto na internet, o "Guardian" é bastante elogiado por adotar uma posição mais aberta e mais participativa com seus leitores, com uma ampla integração do jornal nas redes sociais. 

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