quinta-feira, 28 de junho de 2012

Opel apresentará plano de recuperação financeira

Marca, que faz parte da General Motors, está passando por dificuldades; situação foi agravada pela crise no velho continente

O conselho de gestão da alemã Opel, braço europeu da General Motors, apresentará nesta quinta feira (28) um plano de recuperação completo para a marca. De acordo com agências internacionais, com a crise europeia, a estratégia propôe um posicionamento da empresa em novos mercados de exportação e investimentos nos países em desenvolvimento.

De acordo com uma entrevista do CEO da General Motors, Dan Akerson, os últimoes meses foram de frustação, queda nas vendas e balanços fechando no vermelho. “Precisamos colocar as coisas no eixo. A Opel é uma das marcas chave para o sucesso do grupo e também para que possamos preservar os negócios em território europeu”, afirmou o executivo.

Com os números pessímistas, alguns analistas de mercados afirmam que a GM terá que fechar uma das seis unidades fabris em funcionamento no velho continente. Akerson nega a possibilidade. “Esse plano que iremos apresentar visa evitar esse problema, sendo assim, a questão do corte de empregos está fora dos planos”, disse.

Além da Opel, outra marca da GM na Europa vem sofrendo com a crise, a britânica Vauxhall. Jornais locais notíciaram nesta semana que diversos investidores da empresa estão impacientes com a falta de lucro e de movimentação para que o problema se resolva. Documentos divulgados pela própria montadora indicam que a General Motors sofreu um prejúizo operacional de cerca de US$ 3,5 bilhões nos últimos três anos, com as atividades da marca.



Relação com a PSA Peugeot Citroën

Depois de diversas reuniões e muita especulação, em meados do último mês de março, a General Motors e a PSA Peugeot Citroën fecharam uma aliança global “de cooperação estratégica”. No documento, a GM passa a ter 7% das ações da PSA e há um plano de redução conjunta de custos de US$ 2 bilhões por ano, além da divisão de plataformas e produtos. Porém, todo o projeto passará por calendário extenso, que deve se concretizar em cinco anos.

Pelo acerto entre as empresas, a GM vai participar de um aumento de capital de 1 bilhão de euros (US$ 1,34 bilhão) da Peugeot, tornando-se a segunda maior acionista da montadora francesa como parte de uma ampla aliança industrial. Mesmo assim, a montadora dos EUA não terá participação nas decisões internas da empresa francesa.

Nesse projeto de redução de custo, analistas afirmaram na época, que a maior beneficiada seria a alemã Opel. A aliança possibilitaria reduzir custos operacionais no Velho Continente. A Opel, que a GM decidiu manter em 2009 quando o então presidente-executivo Ed Whitacre abandonou os planos de venda, é uma das principais preocupações dos investidores da empresa norte-americana. No ano passado, a GM perdeu US$ 747 milhões na Europa e analistas do Morgan Stanley avaliaram a Opel como negativa em US$ 8 bilhões. Agora, mesmo sem informações concretas, diversas especulações apontam que o plano de ações que será divulgado amanhã, já fazia parte do documento final assinado entre os dois grupos empresariais. 

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