segunda-feira, 9 de abril de 2012

Jovens trocam de mídia 27 vezes por hora

Estudo feito nos Estados Unidos pela Time Warner mostra que a geração que nasceu na era digital é totalmente dispersa e “infiel” no consumo de conteúdo através das telas

A notícia não é boa para os anunciantes. Os jovens nativos da era digital – que tem, em média, 20 anos de idade – trocam constantemente de mídia, desviando a atenção para aquilo que acham ser mais interessante em questão de segundos.

Um estudo recente sobre consumo de mídia, encomendado pela Time Warner, com o apoio da Research Boston Innerscope, nos Estados Unidos, apontou que, em um intervalo de uma hora, os jovens trocam de mídia (do computador para o smartphone, para o tablet, TV, celular, vídeo game e outras telas) cerca de 27 vezes. Para esse resultado foram consideradas todas as vezes que os jovens deixam de prestar a atenção em uma determinada leitura ou imagem e direcionam-se para outra em um momento de lazer.


Esse alto grau de dispersão é bem maior entre os jovens que já nasceram na era digital do que entre as pessoas chamadas de imigrantes digitais (consumidores um pouco mais velhos, que foram habituados a consumir as “velhas” mídia, como TV, rádios e jornais e hoje já incluíram as plataformas digitais em sua rotina). Esse segundo grupo, de acordo com a pesquisa, troca de mídia uma média de 17 vezes por hora. Ou seja, os nativos digitais tem um potencial de dispersão 35% maior do que aqueles que foram acostumados com as mídias mais antigas.


Embora tenha sido feito com uma amostra muito pequena (somente 30 entrevistados) o estudo tem muita importância para a Time Warner no sentido de traçar um panorama fiel do estilo de seus espectadores e para tentar criar estratégias para reter sua atenção. Em uma primeira leitura, os dados são preocupantes para o mercado publicitário, pois retratam a dispersão e a pouca atenção dada pelos espectadores aos comerciais e as inserções publicitárias feitas em cada uma das mídias.


Por outro lado, a pesquisa pode servir como um ponto de partida para a elaboração de outros tipos de estratégias de aproximação das marcas com os consumidores que, justamente pelo fato de não se fixarem em um único canal, tendem a se prender a um conteúdo que consiga envolve-los e se mostre interessante.  


Com informações do Advertising Age.

 

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