terça-feira, 6 de março de 2012

Artigo: a vez do turismo online

Rodrigo Waissman, gerente de marketing do Mundi, fala sobre a junção do mercado de viagens e web

Se você viajou recentemente para fora do Brasil, é bem possível que tenha ouvido o som do nosso bom português ao seu redor. O acesso às viagens internacionais é apenas um dos avanços significativos a que nosso mercado consumidor teve acesso nos últimos anos.

Em paralelo, o Brasil está nas cabeças e nas bocas de boa parte das pessoas ao redor do mundo. As oportunidades com as Olimpíadas e a Copa do Mundo são as mais evidentes, mas o contexto é muito maior. O mercado do pré-sal, os recursos naturais de forma geral, o crescimento pujante do mercado consumidor, a universalização definitiva da educação e das oportunidades econômicas criando um perfil empreendedor novo no Brasil são só alguns dos fatores que levam o país a um novo patamar, em que é possível acreditar em uma economia maior do que a inglesa ao final deste ano.


Os reflexos no mercado de turismo são nítidos, com um clamor dos empresários do setor por ações de infra-estrutura nos aeroportos e malha de transportes e o senso de urgência na qualificação dos recursos humanos de hotelaria. Some-se ainda a crise na Europa, trazendo os olhos de grandes grupos internacionais ao Brasil.


O momento do turismo brasileiro é, portanto, histórico, apesar dos desafios. E parte desses desafios encontra respostas e oportunidades na internet. A sinergia do setor turístico com o meio digital é enorme no Brasil, em função do perfil de consumo do usuário brasileiro e da migração para maior mobilidade e velocidade no uso da web.


No início de 2011, o Ibope Nielsen Online apontava que cerca de 51% dos usuários brasileiros acessaram, no último mês, sites de turismo. Outro levantamento, de junho de 2011, mostrava evolução de 14,1% no volume de usuários em busca de informações de turismo na Internet com relação ao mesmo período de 2010. Se sabemos que em novembro de 2011 o número de usuários ativos foi de 46,3 milhões no Brasil, podemos inferir que o público interessado no mercado de turismo online é mais alto, por exemplo, que a população total da Austrália.


Esse reflexo se estende do interesse à realidade transacional. Estimamos que atualmente mais de um terço dos bilhetes aéreos comercializados no Brasil são vendidos pelo meio digital.

Nada mais natural do que a profusão de investimentos, inclusive estrangeiros, no setor. São novas agências de turismo online, sites de compras coletivas se estruturando em torno das oportunidades do turismo, projetos editoriais, sites de avaliações e comparadores de preços. A competição é saudável, e o mercado, promissor. Por isso, os líderes estão investindo fortemente em comunicar seu valor, desenvolver seus produtos e ampliar as bases de relacionamento com seus públicos. E quem ganha com isso? Todos, especialmente o consumidor brasileiro.

 

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