quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sedes da Copa têm 75% dos leitos do país

As 12 cidades-sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014 concentram 75% da oferta de hospedagem do país, ou 278,2 mil leitos, seja em hotéis, motéis, apart-hotéis, pensões ou albergues. 


O número, relativo a 2011 e divulgado ontem, é resultado da primeira pesquisa do gênero feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e supera a necessidade de 110 mil leitos prevista para o evento pelo Comitê Organizador da Copa. 
 
Segundo o Ministério do Turismo, a expectativa é que o Mundial em 2014 atraia 600 mil estrangeiros e provoque a circulação de cerca de 3 milhões de brasileiros pelo país, principalmente nas capitais sede da Copa: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Natal, Recife, Manaus, Brasília, Cuiabá e Curitiba. 

Já o Rio de Janeiro, que além da Copa vai sediar as Olimpíadas de 2016, tem capacidade de oferecer 45.416 leitos, segundo o estudo, e está bem abaixo dos 80 mil exigidos pelo Comitê Olímpico Internacional (40 mil quartos de hotel com 2 leitos em média cada) para 2016. 

A pesquisa revelou também que a qualidade dos estabelecimentos deixa muito a desejar, não apenas no Rio mas nas demais capitais do país. O problema então não seria a quantidade, mas sim a qualidade desses leitos. O nível de conforto da hospedagem oferecida no país é baixo na maioria dos casos, de acordo com a pesquisa do IBGE. 

Dos 373.673 leitos existentes em todas as capitais brasileiras, 85,5% têm médio e baixo grau de conforto e qualidade de serviços e apenas 14,5% está na categoria luxo e superior/muito confortável. 

O objetivo da pesquisa, informa o IBGE, é fornecer elementos para os gestores públicos adotarem políticas voltadas à ampliação do setor, tendo em vista os grandes eventos dos próximos anos. 

Segundo a Empresa Olímpica Municipal do Rio, desde novembro de 2010 já foram licenciados ou estão em processo na Secretaria Municipal de Urbanismo 11 mil quartos de hotéis na cidade, dos quais 94% são de três, quatro e cinco estrelas. 

ACESSIBILIDADE
 
Outra constatação é de que apenas 1,3% do total dos 5.036 estabelecimentos pesquisados em 27 capitais estão preparados para receber pessoas com necessidades especiais, sejam deficientes físicos ou idosos. 

No Brasil não há lei específica que obrigue os estabelecimentos de hospedagem a garantir o acesso de pessoas com necessidades especiais. 

Feita em três meses, a pesquisa poderá servir de base para decisões de investimentos. Segundo o IBGE, o estudo será ampliado em abril para mostrar também a oferta em cidades próximas às cidades-sede da Copa.

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