segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Anhanguera compra Uniban na maior transação do setor


A aquisição, a maior já registrada no setor, envolveu R$ 510 milhões, 13 campi e 54 mil estudantes.

A Anhanguera Educacional Participações anunciou no domingo a compra da Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban) pelo valor de R$ 510 milhões, a maior transação já identificada no setor de educação do Brasil.
De acordo com o diretor-executivo da Anhanguera, Alexandre Dias, a negociação coloca o grupo entre os três maiores do mundo e não deve ser a última.
"Estamos mais focados em integração das instituições adquiridas, mas isso não significa que não vamos fazer nenhuma outra aquisição, dada a atratividade de muitos negócios no Brasil", afirma o executivo em entrevista ao Brasil Econômico.
"Temos várias conversas em andamento, no entanto nenhuma tem o tamanho da Uniban", diz.
A negociação com a Uniban, que foi discutida por seis meses, envolve R$ 382 milhões pelo controle da instituição mais R$ 128 milhões por três imóveis. A universidade detém 54,7 mil alunos e 13 campi, sendo dez no estado de São Paulo, dois no Paraná e um em Santa Catarina.
De acordo com Dias, com o negócio, a Anhanguera passa a ter mais de 400 mil alunos e 70 câmpi. Além de maior instituição privada de ensino superior no Brasil, ela se transforma em líder da Grande São Paulo.
Com as novas compras que deve fazer no mercado nos próximos anos mais o crescimento orgânico de estudantes matriculados, a Anhanguera pretende alcançar 1 milhão de alunos já nos anos de 2014 e 2015.
Assim que esta aquisição receber o aval das autoridades do setor educacional, a marca Anhanguera será implementada. A instituição pretende manter os programas de intercâmbio da Uniban, bem como os currículos, que serão revisados conforme a entrada de novos calouros à universidade.
As aquisições integram a história da Anhanguera, grupo que nasceu no interior de São Paulo em 1994. "Chegamos à capital de São Paulo com ‘chapéu de palha', mas com orgulho de trazer um modelo de fortes investimentos em educação", afirma Dias.
Desde o final de 2006, com a abertura do capital na bolsa de valores, a companhia já comprou 40 instituições, totalizando contingente de 250 mil alunos. "Desde o início do processo de aquisição, fizemos investimentos superiores a R$ 2 bilhões no setor educacional", conta o executivo.
Neste ano, a companhia vem comprando rivais com recursos de uma emissão de ações de 2010, em operação de cerca de R$ 840 milhões. Com o dinheiro, foram adquiridas oito instituições. Dias acredita que a nova compra será vista como positiva pelos investidores de bolsa - que detêm 67% das ações da companhia, sendo que o restante é do Pátria Investimentos.
"A compra faz parte de um plano de crescimento no qual o investidor já vinha apostando", pondera.

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