quinta-feira, 9 de junho de 2011

O mundo tá mudando, e o Brasil vai mudar?

 

Há oportunidades para o País quando se trata de inovação. André Torreta, que acompanha o World Innovation Forum em Nova York, explica como

No segundo e último dia do World Innovation Forum (evento do HSM), tivemos o M.S. Krishnan (professor de Business Information Technology no Michigan Business School) dizendo o que todo mundo já sabia, o Larry Huston (vice-presidente mundial de inovação da Procter & Gamble) dando um show sobre processos inovadores como o Open Innovation, o Daniel Pink (autor de A Whole New Mind) dizendo que o RH de uma empresa, e as pessoas também precisam mudar, e a surpreendente Jeanne Meister (coautora do livro The 2020 Workplace: How Innovative Companies Attract, Develop, and Keep Tomorrow's Employees Today) nos dizendo o que acontecerá no mundo nos próximos dez anos.

Mas de novo o gostinho que ficou na nossa boca é que eles estão em DR com eles mesmos. O que eles estão certos, afinal eles estão em crise. O que eu vejo é que existem muitas oportunidades por conta disso. Oportunidades para o Brasil nesse mundo das inovações. Porque?
 
1. Se você quer inovação em tecnologia, ou barateamento em tecnologia, vá para a China. Lá é o lugar certo para isso.

2. Se você quer inovação para a Base da Pirâmide, para os mais pobres do mundo, vá para a Índia. Lá eles estão fazendo miséria (desculpe o uso da palavra). Inventando, reinventando, fazendo redesign em grande parte dos produtos e muito Re Innovation (para quem não sabe Re Innovation é a inovação que sai de um país do Bric e vai para os países ricos, quebrando a milenar tradição de se fazer ao contrário). 

3. E o Brasil? Pois é?!? Qual a nossa chance? Qual a nossa oportunidade? Acertou o sorridente brasileiro lá no fundo na sala quando falou: criatividade!!!!! Podemos nos tornar o software do mundo. Vender criatividade, espontaneidade, vender o jeitinho brasileiro de administrar uma empresa, malemolência para a crise, escrever livros sobre o processo Macunaíma de inovar e pensar, processo esse que sempre encontra soluções no mundo dos impossíveis, modelos de negócios que gerem lucros em países em crise (nós sabemos como fazer isso!!!). Somos um país que temos muito o que ensinar. Vivemos todas as crises possíveis e estamos vivos. Isso podemos ensinar. Não somos pobres, nem ricos. E aí? Podemos criar modelos de negócios replicáveis para inúmeros países do mundo. Mais ainda. Somos os melhores em comunicação e marketing tirando os países ricos. Ou seja, marketing e comunicação para o Bric nós é que temos que liderar essa corrida. É aqui que eles devem procurar referências, empresas e profissionais.

Resumindo: chegou a hora dessa gente bronzeada ( ou seja, nós) mostrar o seu valor.

André Torreta é diretor da Ponte Estratégia e escreveu como colaborador para o Meio & Mensagem.

Leia também sobre o evento:


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World Innovation Forum debate branding

E aí, Brasil: dentro ou fora da caixa?

 

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