sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Importação de carros de marcas sem fábrica no Brasil cresce 144% em 2010


A importação de carros de marcas que não têm fábrica no Brasil cresceu 144,1% em 2010, atingindo 105.858 unidades, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pela Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores). 

Considerando apenas dezembro (13.484 unidades), houve crescimento de 39,6% ante novembro e de 135,8% no confronto com o mesmo intervalo em 2009.
Com esse resultado, a participação dos importadores oficiais nas vendas do mercado brasileiro mais que dobrou, passando de 1,44% em 2009 para 3,18% em 2010. Ao considerar somente o segmento de importados, as associadas à entidade elevaram o "market share" de 9,8% para 16,11%.
Os dados consideram as 30 filiadas à Abeiva: Aston Martin, Audi, Bentley, BMW, Chana, Chery, Chrysler, Dodge, Effa Changhe, Effa Hafei, Ferrari, Hafei Motor, Haima, JAC Motors, Jaguar, Jeep, Jinbei, Kia Motors, Koenigsegg, Lamborghini, Land Rover, Lifan, Maserati, Mini, Pagani, Porsche, Spyker, SsangYong, Suzuki e Volvo.
A marca mais vendida foi a Kia Motors (54.445), seguida de BMW (8.517) e Chery (7.005).
"O automóvel é o item que dá mais egostatus", afirma Heymann Leite, professor do CEA (Centro de Estudos Automotivos), sobre o fascínio gerado pelos importados mais caros no Brasil, lembrando de consumidores que preferem ter um carro de luxo financiado em várias prestações e morar em um apartamento alugado.
Ontem (6), a Anfavea, que representa as montadoras com fábrica no país, contabilizou que 660.141 automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões foram importados no ano passado, com expansão de 35% ante 2009.
Com isso, a participação nas vendas passou de 15,6% para 18,8% do total comercializado no país. Para este ano, a projeção do presidente da associação, Cledorvino Belini, é que esse nível suba ainda mais, para 22%.
Vale lembrar que a maior parte dos importados são trazidos pelas montadoras instaladas no país, de acordo com a logística de produção, principalmente da Argentina e do México, com os quais há acordos para isenção na alíquota de importação de 35%.

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