iThink adota remuneração por ideias

Com novo modelo comercial, agência conquista três contas 

No ano em que completa uma década de atuação, a iThink comemora a adição de três contas ao seu portfólio. A partir deste mês, as marcas Philadelphia, da Kraft, e Skol, da Ambev, além do Grupo Disney, passam a integrar a carteira de clientes da agência digital.

Segundo Marcelo Tripoli, CEO da iThink, as contas chegaram por caminhos diferentes. No caso de Philadelphia, foi realizada uma concorrência que buscou uma agência para centralizar toda a estratégia digital da marca, do planejamento às redes sociais. Até então, a conta estava na Casa, do grupo JWT.

No caso de Disney, a iThink também venceu concorrência para se tornar a agência digital de todo o grupo, que inclui os canais Disney Channel e Pixar, a Rádio Disney, entre outras divisões. No off-line, o cliente continua sendo atendido pela Leo Burnett Tailor Made. 

A Skol, por sua vez, foi conquistada de forma inusitada. Não há vínculo formal com o cliente. A iThink entra para o rol de agências que atendem à cerveja, mas o modelo de remuneração será por trabalhos realizados. Ou seja, a iThink receberá um valor a cada ideia executada pelo cliente.

“Este modelo de pagamento contraria o mercado brasileiro, que beneficia a remuneração por compra de mídia”, frisa Tripoli ao afirmar que o formato é adotado com mais frequência nos mercados norte-americano e europeu. “Este é um modelo voltado para a geração de ideias”, completa o executivo. Nenhum trabalho anterior foi feito pela iThink para as duas marcas.

Posição no mercado

Desde o ano passado, vigora um acordo operacional da iThink com a britânica The Viral Factory para produções em conjunto. “Não é sociedade e não temos exclusividade. Eles queriam entrar no Brasil e nós queríamos oferecer aos nossos clientes uma produtora especializada em storytelling”, explica Tripoli. Entretanto, desde que a cooperação foi anunciada, nenhum trabalho conjunto foi consumado.

Apesar de não definir a venda de participação na iThink para um grande grupo nacional ou internacional como objetivo principal, o CEO diz que conversas continuam em andamento. “Ainda não achamos o parceiro ideal”, afirma.