O estoque de imóveis, que tem preocupado construtoras no mercado
paulistano, ainda não é problema em Guarulhos, afirmam imobiliárias
ouvidas pela Folha.
O percentual de unidades remanescentes é considerado baixo: 9% das
lançadas nos últimos três anos, de acordo com a Lopes Imobiliária. Em
Barueri são 16% no mesmo período e em São Paulo, 15%.
"Guarulhos possui um mercado que não depende somente do público local", diz Henrique Antônio, superintendente da Lopes.
"Hoje, 40% da demanda por novas residências em Guarulhos vem de
moradores das zonas norte e leste de São Paulo, que têm preferido mudar
de cidade em função da relação custo-benefício."
São residentes de bairros como Vila Maria (zona norte) e Penha (zona
leste), em que o preço médio do metro quadrado de lançamento subiu 60%
nos últimos cinco anos e superou R$ 5.500 em 2012, segundo dados do
Geoimovel, empresa de informações imobiliárias.
Editoria de Arte/Folhapress |
Em Guarulhos, é possível encontrar imóveis maiores em endereços bem
localizados por valores semelhantes ou até mais baixos que nas regiões
limítrofes da capital.
Os locais mais procurados são o bairro Vila Augusta, próximo ao Shopping
Internacional de Guarulhos, e as imediações de áreas de lazer, como o
bosque Maia e o lago dos Patos.
A chegada de novos moradores incrementa o comércio. Quem sempre viveu na
cidade, no entanto, diz que os investimentos em infraestrutura, como
transporte, não seguem o mesmo ritmo.
"Só na minha rua há cinco novos empreendimentos. No acesso à zona leste
de São Paulo, está em construção um condomínio de 17 torres. Para onde
vão os carros?", questiona o analista de sistemas Everton Scaciota, 27,
morador da Vila Augusta.
CONTRASTE
Os novos prédios pipocam em meio a casas antigas. Segundo imobiliárias,
os lançamentos fizeram cair a procura por imóveis usados no início do
ano, mas as vendas subiram nos últimos três meses.
De acordo com a MM Imobiliária, o metro quadrado do usado chega a R$ 4.500. (TS)
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