sexta-feira, 27 de abril de 2012

Carro elétrico ainda não sai da garagem


Montadoras já têm tecnologia para produzir esse tipo de veículo, mas o carro elétrico ainda está longe de ter uma solução capaz de popularizar a sua venda

 Quando os primeiros automóveis movidos à gasolina surgiram, em meados de 1885, eles não traziam só o resultado de uma das maiores invenções do homem. Também carregavam a tiracolo compartimentos cheios de combustível como uma perigosa solução ao problema do abastecimento.

Essa questão volta à tona nos dias de hoje, só que agora ligada ao funcionamento de carros elétricos. Como recarregá-los ? Essa é uma das incertezas da tecnologia que já trafega por algumas cidades dos Estados Unidos e do Japão, mas no Brasil ainda se mostra tão fictícia quanto a aventura protagonizada por Michael J. Fox, em “De volta para o futuro”.

Mesmo a Nissan, que já fabrica o modelo elétrico Leaf, admite que “ninguém está preparado para o carro elétrico”. A constatação é de Murilo Moreno, diretor de marketing da montadora japonesa. Segundo ele, o projeto demanda discussões com o governo na busca por incentivos fiscais e isenções tributárias capazes de assegurar a viabilidade da empreitada.

“Ainda estamos na fase inicial de conversas com as autoridades brasileiras, que já avançaram desde 2010. Em breve, devemos receber as primeiras propostas vindas no Nordeste”, espera Moreno. Enquanto isso, a estimativa é de que o brasileiro teria que desembolsar algo em torno de R$ 200 mil para ter um Leaf na garagem, preço de veículo de luxo para um carro que, na verdade, pretende ser uma alternativa ao popular. O preço do Leaf é de R$ 55 mil (US$ 35.200) nos Estados Unidos, já incluindo os R$ 7.800 (US$ 5.000) de subsídio federal.

Economia
Os carros elétricos podem oferecer uma economia da ordem de US$ 1,2 mil ao ano, de acordo com uma pesquisa do Union of Concernet Scientists. Feito com o Leaf e o Chevrolet Volt, o estudo mostrou uma redução de gastos a partir de US$ 750 na comparação da eletricidade com a gasolina, ao preço médio de US$ 3,50. Outra vantagem apontada pelo levantamento é a queda na emissão de gases poluentes.

* Leia mais sobre a Nissan na edição do Meio e Mensagem desta segunda-feira, dia 30 de abril

 

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