segunda-feira, 5 de março de 2012

SP e RJ deixam de puxar alta de imóvel em fevereiro

Alta nas duas capitais, de 1,3%, foi menor que a média geral do FipeZap (1,5%), pela 1ª vez em um ano e meio 

SÃO PAULO - Dois dos principais mercados imobiliários do País, Rio de Janeiro e São Paulo deram os primeiros sinais de que vivem, de fato, um período de valorização mais comportada dos preços de apartamentos. Em fevereiro, o preço médio do metro quadrado desse tipo de imóvel nas duas capitais teve alta idêntica, de 1,3%, abaixo do índice geral do FipeZap, que avançou 1,5% - o que não ocorria desde setembro de 2010. Segundo o economista coordenador do índice, Eduardo Zylberstajn, ainda não é possível cravar uma desaceleração de preços nas duas cidades, mas o resultado do mês passado reforça a leitura de que nessas praças a situação está mais confortável. O índice FipeZap pesquisa o preço do metro quadrado de apartamentos em seis capitais brasileiras e no Distrito Federal, sendo que SP e RJ têm peso de 70% na formação do indicador.
Em Belo Horizonte, Distrito Federal e Salvador, houve certa retomada no ritmo de avanço de preços (veja mais abaixo). O preço médio do metro quadrado ficou em R$ 6.356, oscilando entre R$ 7.965 (Distrito Federal) e R$ 3.686 (Salvador). Em SP, ficou em R$ 6.215 e no Rio, R$ 7.687. O bairro mais caro do País continua sendo o Leblon (R$ 17.358 o m²); no mercado paulista, a região Ibirapuera-Vila Nova Conceição segue na ponta do m² de maior valor (R$ 9.758).
Na média do mercado imobiliário pesquisado pelo índice, prevalece a tendência de desaceleração dos preços. No bimestre, a variação acumulada é de 2,6%, enquanto a alta em igual período de 2011 foi de 3,1%. Mesmo assim, o aumento de preços deve continuar bem acima da inflação oficial no mesmo período, que será conhecida na sexta.
Em Recife, o movimento continua contrário à média do mercado, com elevação relevante de 3,2% no mês passado, contra 3,5% em janeiro. A alta é ainda mais relevante se considerado que, em 12 meses, mesmo mercados mais inflacionados, como o Rio de Janeiro, já apresentam movimento mais discreto. No Recife, o aumento acumulado em um ano até o mês passado foi de 36,6%, contra 31% do Rio e 24,8% da média geral.
O cenário para o ano continua sem uma tendência definida, dada também a natureza do mercado imobiliário. E se de um lado o mercado dá sinais que não terá avanços tão grandes como no passado, uma mudança de rota desse movimento ao longo do ano não está descartada. "O crédito imobiliário farto, um dos fatores que possibilitou a explosão dos preços em 2008, continua aí", afirma Zylberstajn. "Não é porque subiu muito no passado que vai parar de subir", completa.
Preço do metro quadrado em seis capitais e no Distrito Federal em fevereiro:  
 Local Preço do metro quadrado em fevereiro  Alta mensal 
 Distrito Federal  R$ 7.965  1,5%
 Rio de Janeiro  R$ 7.687  1,3%
 São Paulo  R$ 6.215  1,3%
 Recife  R$ 5.015  3,2%
 Belo Horizonte  R$ 4.616  1,5%
 Fortaleza  R$ 4.384  0,8%
 Salvador  R$ 3.686  2,1%
 Média geral  R$ 6.356  1,5%

 

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