segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Quatro empresas ganham selo ético

AES Gaúcha, EDP Energias do Brasil, Johnson Controls Building Efficiency e Siemens são as quatro empresas certificadas pelo governo

O Comitê Gestor do Cadastro da Empresa Pró-Ética acaba de certificar a AES Gaúcha, EDP Energias do Brasil, Johnson Controls Building Efficiency e Siemens com o selo ético, criado em 2010 pelo governo para empresas com um modelo de gestão ética. Além de ganhar pontos extras em licitações, essas empresas terão ainda benefícios para fechar contratos públicos. Das 28 empresas que pleitearam o selo, apenas 12 apresentaram a documentação requerida e somente quatro foram aprovadas.

Regras de responsabilidade social, monitoramento de denúncias anônimas, normas para o recebimento de presentes, manual de ética, dados sobre doações destinadas a partidos políticos e candidatos e a composição de um comitê interno para analisar condutas suspeitas são alguns dos critérios considerados para conceder o selo, que só é liberado caso as participantes cumpram 50% das exigências feitas pelo Comitê Gestor do Cadastro da Empresa Pró-Ética, órgão formado por membros da Controladoria-Geral da União (CGU), Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação Brasileira de Bancos (Febraban), BM&F Bovespa, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Instituto de Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

"A CGU não se propõe, com esse projeto, a atribuir um selo de 'empresa limpa' ou livre de corrupção", disse o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, em entrevista ao jornal Valor Econômico. Mesmo as empresas certificadas podem perder o selo caso se envolvam em situações duvidosas e uma nova tentativa pode ser feita por aquelas que tiveram o seu primeiro pedido recusado.

Contexto

O selo ético foi criado depois que a Controladoria-Geral da União (CGU) fez uma lista com os nomes das empresas que não seguem as obrigações com órgãos públicos. Hoje, são mais de cinco mil companhias relacionadas no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas, proibidas de participar de licitações públicas e de fazer contratos com o governo.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário