quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O carro flex não vai fracassar. Se faltar álcool, tem gasolina


O carro flex não vai fracassar. Não é possível o carro flex fracassar, como insinuam os usineiros, para pressionar o governo a "manter o produto competitivo".

Ao contrário do que disse o presidente da Única, a União da Indústria de Cana-de-açúcar, Marcos Jank, à Folha de S. Paulo nesta semana, o carro flex não é uma alternativa, como foi o carro a álcool. Ele é uma solução para o problema enfrentado pelo programa Pro-Álcool, quando o consumidor não teve alternativa, a não ser aposentar o carro por causa da escassez do combustível e o preço nas alturas.
Os usineiros estão ameaçando produzir menos por causa da concorrência. Eles querem aumento do preço da gasolina e redução dos custos de produção para que o álcool hidratado "fique competitivo".
É fácil concorrer no "livre mercado" desse jeito: se o seu produto não é competitivo você pede pro governo reduzir a carga tributária (os usineiros querem a mudança do CIDE) e aumentar o preço do produto concorrente. Aí ele fica competitivo. À custa de quem? Do consumidor, que vai "salvar" a indústria de álcool?
Dizer que a falta do combustível vai levar o programa flex ao fracasso é má intenção ou ignorância.
A diferença dos programas Pro-Álcool e Flex é que o primeiro não era uma opção, mas uma imposição: o sujeito tinha que abastecer com álcool ou abandonava o carro. No caso do Flex, o consumidor tem a opção de abastecer com o combustível que lhe convier. Por isso mesmo é que, hoje, ele está usando gasolina, cujo preço não sobe há dois anos e está mais competitivo do que o do álcool.
Até hoje o carro flex quase não serviu pra quase nada. Agora é que ele vai mostrar o seu vigor e o seu acerto. Pelo menos para o consumidor, o carro flex é um sucesso.
O fracassado que vá vender rapadura na feira!!!!

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