quarta-feira, 27 de julho de 2011

Drogasil e Droga Raia estudam fusão

A segunda maior rede brasileira de drogarias, a Drogasil, e a terceira do ranking, a Droga Raia, negociam a fusão de suas atividades, o que resultaria na criação da maior varejista farmacêutica do País, com faturamento anual estimado em R$ 4 bilhões e 700 lojas. "A associação está sujeita à conclusão bem-sucedida das tratativas ora em curso entre as duas companhias e tais acionistas", diz o comunicado emitido nessa terça-feira, 26, ao mercado (fato relevante).

Os rumores sobre a união provocaram uma elevação de 10,23% para R$ 11,85 nas ações da Drogasil e de 4,17% para R$ 27,71 nos papéis da Droga Raia. De acordo com informações publicadas na edição dessa quarta-feira, 27, pelo jornal Folha de S. Paulo, ambas as empresas estudam uma estrutura para a operação e um acordo para regular termos e condições.
A Drogasil cresceu 16,8% nas vendas brutas com suas 338 filiais localizadas em seis Estados brasileiros, o que equivale a um faturamento da ordem de R$ 2,089 milhões. Já a Droga Raia encerrou 2010 com faturamento bruto de R$ 1,9 bilhão. A meta da drograria é abrir 150 unidades e chegar até o final de 2012 com 500 lojas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. A líder é a Drogaria São Paulo, com 350 lojas espalhadas por São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, que somaram faturamento de R$ 2,3 bilhões em 2010.
Dose elevada de fusões

O varejo farmacêutico aumentou a dose de fusões e aquisições nos últimos três anos. Em 2008, o Fundo Gávea, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, comprou 30% da Droga Raia. Em 2009, o banco BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, adquiriu a rede Farmais, dando origem à Brasil Pharma, holding que incorporou ainda as redes Rosário (DF), Guararapes (PE) e Mais Econômica (RS), somando 692 lojas em todo país e um faturamento estimado em R$ 2 bilhões para 2011.
Ainda em 2009, o Grupo Pão de Açúcar teria sondado, sem sucesso, a Drogaria São Paulo e a rede Araújo (MG). Diversos fundos de private equity nacionais e estrangeiros teriam assediado também a cearense Pague Menos. Em 2010, foi a vez da Drogaria São Paulo adquirir as 72 lojas do Drogão.
Com ações negociadas na BM&FBovespa, Drogasil, Droga Raia e Brazil Pharma têm aportes capazes de vitaminar ainda mais os resultados do setor, que deve fechar 2011 com faturamento de R$ 41 bilhões, um crescimento de 10% com relação ao ano anterior, de acordo com dados da consultoria norte-americana IMS Health.

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