quarta-feira, 18 de maio de 2011

Chinês J3 Turin vence Prisma


A intensa propaganda tornou o sedã chinês JAC J3 Turin conhecido do público e o resultado já surge nas vendas. Tabelado a R$ 39.900, o modelo atrai pelo bom pacote de equipamentos de série (leia abaixo) e somou 777 unidades comercializadas em abril, mais do que o Renault Symbol (488) ou mesmo o Ford Focus Sedan (402), que é de categoria superior – os números são da Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionárias.


Apesar disso, no ranking o JAC ainda está bem abaixo de seus principais rivais. Um deles é o Chevrolet Prisma, escolhido para este comparativo. O modelo registrou 5.093 emplacamentos no mês passado. Renovado há pouco e vendido como linha 2012, parte de R$ 32.150 em versão única, LT.

Não só por seus equipamentos, mas principalmente por ser mais confortável, bem acabado e barato de manter, o J3 Turin foi o vencedor – pela apertada margem de um ponto.

Ao contrário de outros carros chineses, acabamento é bom no três-volumes da JAC

O JAC tem motor apenas a gasolina, que apesar de ser chamado de 1.4 pela marca é, na verdade, 1.3 (1.332 cm³ de cilindrada) – o que torna mais vistosa sua potência de 108 cv. Mérito do cabeçote de 16 válvulas com variação de fase na admissão. O Prisma traz o 1.4 flexível de até 97 cv.

Da linha de montagem em Hefei, a mil quilômetros de Pequim, o J3 Turin traz itens como ar-condicionado, direção hidráulica, freios ABS e sensor de obstáculos na traseira. De série o Prisma só tem ar quente e desembaçador do vidro traseiro.

Painel do Celta foi retocado para a linha 2012. Apesar de novo, volante continua torto

O Chevrolet rebate oferecendo mais competência ao volante. Exatos 195 kg mais leve que o rival, ele entrega seu torque em rotação mais baixa, ganhando em elasticidade. Requer menos reduções de marcha para retomar velocidade e é um grande companheiro para o trânsito urbano. O J3 Turin não consegue demonstrar a mesma agilidade.

Em ambos os carros a suspensão dianteira é montada diretamente no monobloco, sem uso de subchassi. Mas o chinês é mais eficiente em isolar as irregularidades do piso. Seu lado ruim é ser muito alto e inclinar demais em curvas, comportamento que está menos presente no Prisma.

(Fotos: Sérgio Castro/AE)

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