quarta-feira, 23 de março de 2011

Brasil é o novo País da classe C

 

Distribuição da população brasileira não é mais representada por uma pirâmide e sim por um losango

A ascensão de aproximadamente 19 milhões de brasileiros das classes D e E para a classe C é o principal destaque da pesquisa “O Observador Brasil 2011”, realizada pela Cetelem BGN, empresa coligada ao banco francês BNP Paribas. Com a migração, a classe C passou a ser a maior do País, com mais de 101 milhões de pessoas, 53% da população total.
“Fomos pioneiros ao alertar sobre o crescimento da classe C. E hoje novamente revelamos uma grande mobilidade na distribuição da população. É um momento histórico para o Brasil”, disse Marcos Etchegoyen, presidente da Cetelem BGN, durante a apresentação da pesquisa, que reuniu também o vice-presidente da empresa, Miltonleise Carreira Filho, e o sociólogo Paulo Cidade, do Instituto Ipsos, parceiro da Cetelem BGN na realização do estudo.
Com isso, muda a forma de retratar a sociedade. O novo perfil não pode mais ser representado por uma pirâmide, mas sim por um losango. Na sua base, estão as classes D e E, com 47,9 milhões de pessoas, 25% da população.

A classe C ocupa o miolo da figura. E as classes A e B ficam com a fatia superior, composta por 42,19 milhões de pessoas, o que equivale a 21% dos brasileiros. “Os novos consumidores contribuem para que a roda da economia continue girando”, resume Carreira Filho. O aumento da renda disponível, que atingiu o valor de R$ 200,64 em 2010, crescimento de 45,22% em comparação ao ano anterior, abre a possibilidade para novas estratégias de comunicação, especialmente aquelas ligadas à ações educativas, capazes de estimular o uso consciente do crédito.
Segundo os responsáveis pela pesquisa, a comunicação do Cetelem BGN está centrada em ações diretas para os clientes. Mas, no momento, o banco reavalia suas estratégias, inclusive com a possibilidade de investimentos em comunicação, que poderão ser anunciados em breve, antecipou Carreira Filho.

Realizado em dezembro de 2010, o estudo “O Observador Brasil 2011” entrevistou 1,5 mil pessoas em 70 cidades espalhadas por nove regiões metropolitanas do Brasil. O objetivo da pesquisa, que está na sua sexta edição, é fazer um retrato fiel do comportamento de compras e condições de crédito dos brasileiros.

 

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