terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Agências vislumbram horizonte de bonanças



 Convidados por Meio & Mensagem, empresários e executivos debatem as perspectivas de negócios para 2011

Acostumados à estabilidade econômica e certos de que o novo governo não irá se aventurar por caminhos muito diferentes dos trilhados pelo País nos últimos anos, os empresários e executivos de agências esbanjam otimismo. "No curto prazo, não vejo nenhum solavanco para o Brasil. Não tenho nenhuma preocupação com a economia, com o desenvolvimento. O que me preocupa é o médio e o longo prazo. Existe uma série de coisas que precisam ser resolvidas agora. Quanto mais demorar, mais cara virá a conta no futuro. A minha preocupação com o novo governo é de que ele tenha coragem e capacidade de realizar o que é preciso", destaca Guga Valente, CEO do Grupo ABC.

 

Os líderes do mercado de agências reforçam que é preciso aproveitar o momento atual para que o País mude, definitivamente, alguns paradigmas. "O Brasil está dando certo, mesmo fazendo tudo errado – sem reformas política, fiscal, educacional. Nos próximos dez anos, eu gostaria de ver um país que tenha vergonha na cara", provoca José Victor Oliva, presidente da Holding Clube.

Apesar disso, não há quem não concorde que a realização no Brasil da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 irá coroar um período de bonanças. "A falta de estrutura do País em algumas áreas também abre oportunidades para as marcas: aquelas que conseguirem contribuir para o sucesso da Copa e das Olimpíadas ficarão marcadas no coração das pessoas para sempre", acredita Renato Lóes, presidente da Dentsu.

"É importante discutir como aproveitar no campo da comunicação este bom momento vivido pelo País. Será que conseguiremos aproveitar a atenção que o mundo está prestando no Brasil?", pondera José Henrique Borghi, copresidente da BorghiErh/Lowe. "Considerando que a Copa do Mundo terá doze cidades sedes e irá gerar projetos de grande porte, há poucos players já instalados capazes de atender ao aumento na demanda", responde Rodolfo Medina, presidente da Artplan.

Outros assuntos que estão na agenda de 2011 dos líderes do mercado de agências são as oportunidades de fusões e aquisições e o modelo atual de relacionamento com anunciantes e veículos. Fernando Tassinari, gerente geral da Razorfish, vê no modelo de remuneração vigente uma barreira para outras disciplinas que não a publicidade tradicional: "A remuneração forte para as agências de publicidade faz com que elas tenham um poder muito grande de barganha com os veículos e dificultem a migração das verbas para meios não tradicionais".

Para debater as perspectivas de negócios para 2011, estes seis líderes do mercado brasileiro de agências se reuniram no mês passado na sede do Grupo M&M, em São Paulo. O resumo do debate está publicado na edição desta semana do Meio & Mensagem e alguns trechos podem ser vistos no vídeo abaixo:


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